Vamos de ônibus?

No início do mês aconteceu em São Paulo o Seminário Nacional NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos).

Foto: Divulgação

Teve como temas centrais o transporte coletivo urbano, as mudanças na busca pela transição energética e também a atualização do marco legal do setor com a obrigatoriedade dos motores Euro6.

Empresários do setor de transporte coletivo urbano e as principais montadoras e encarroçadoras de ônibus do país falaram sobre os seus desafios e a busca por soluções.

De acordo com a NTU, com a pandemia, desde 2019, o transporte de ônibus urbanos perdeu mais de 10 milhões de passageiros. O estudo sugere que as novas formas de trabalho e a expansão do home-office, além da popularização do transporte por aplicativos, contribuíram para esse resultado.

Os palestrantes falaram sobre como estão se organizando para desenvolver soluções para equacionar esse dilema: retração da demanda de passageiros e, ao mesmo tempo, fazer os investimentos necessários para as mais variadas soluções de descarbonização, que se tornaram inegociáveis.

Consenso entre os participantes foi que a eletrificação é só parte da solução, o Brasil precisa pensar a mobilidade urbana como um todo. Para tanto, cobram uma política de Estado consistente de curto, médio e longo prazo que privilegie todas as rotas tecnológicas que, além dos elétricos, englobem o biometano, gás natural, HVO diesel verde, o etanol, entre outros.

Ponto positivo do seminário a destacar:  além da chinesa BYD, todas as montadoras tradicionais como Mercedes, Scania, Volvo, Iveco e Volks apresentaram soluções de descarbonização. Destaque especial para a Eletra, que apresentou um modelo 100% brasileiro e promete expansão ainda para 2022.

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