Vamos ocupar a Anchieta, por menos IR na PLR e juros menores!
Metalúrgicos do ABC vão ocupar a Via Anchieta a partir das 8h desta quarta para acabar com a mordida do leão do Imposto de Renda na PLR dos trabalhadores e exigir a queda dos juros
Da esq. p/ direita: Tadeu Moraes, vice-presidente do Sindicato Metalúrgicos de São Paulo; Vagner Freitas, diretor administrativo da CUT Nacional; Sérgio Nobre, presidente do Sindicato; Juvândia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo; Paulo Lage, presidente do Sindicato dos Químicos do ABC; e Osvaldo Bezerra, coordenador político dos Químicos de São Paulo, mostram os abaixo-assinados contra o IR na PLR. Foto: Rossana Lana
Milhares de trabalhadores se reunirão nesta quarta-feira (30) às 7h nas portarias da Volkswagen, Scania e Karmann-Ghia, em São Bernardo, de onde sairão em passeata com destino à Via Anchieta.
Depois de caminhar pela rodovia, a companheirada se reunirá no km 21 para fazer um ato em protesto contra a cobrança de Imposto de Renda na PLR e pela queda na taxa de juros.
Nesta terça-feira (29), dirigentes dos sindicatos dos Metalúrgicos, Químicos e Bancários do ABC e de São Paulo, dos Petroleiros e da CUT Nacional reuniram a imprensa para explicar os motivos da manifestação.
“Vivemos um momento em que é importante incentivar a economia, pois ela já apresenta sinais de desaceleração. O dinheiro que os trabalhadores pagam de imposto na PLR seria mais bem aproveitado se fosse dirigido para impulsionar a economia”, explicou o presidente do Sindicato, Sérgio Nobre.
“Com menos juros, o País terá muito mais recursos para investir em áreas como saúde, educação e habitação, evitando a especulação financeira”, completou Juvândia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
A manifestação de hoje também tem o objetivo de pressionar os políticos em Brasília para que atendam as reivindicações dos trabalhadores.
“Queremos que as propostas existentes no Congresso sobre correção da tabela do IR sejam juntadas e tenham rápida tramitação”, disse Sérgio Nobre.
Quinta-feira (1º), os sindicalistas irão a Brasília onde entregarão ao ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e ao presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, o abaixo assinado com milhares de subscrições de trabalhadores apoiando o fim do imposto na PLR.
“Esperamos que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, esteja junto para ouvir o que os trabalhadores querem para economia”, completou o presidente do Sindicato.
Apenas nas montadoras, a queda do IR na PLR reduziria a cobrança de R$ 93,3 milhões para R$ 10,9 milhões. Os R$ 82,8 milhões que sobrassem poderiam ser usados na compra de carros, casas, viagens etc., impulsionando a economia.
Já a queda de um ponto percentual nos juros economizaria R$ 17 bilhões ao País. Esse dinheiro deixaria de ir para especuladores e serviria para investimentos em saúde, habitação, educação etc.
Da Redação