Veículos comerciais: Luta pelo contrato nacional

Encontro nacional dos trabalhadores nas empresas de caminhões, ônibus e utilitários decidiu conquistar o Contrato Coletivo Nacional já a partir desta campanha salarial com data-base em setembro.

O encontro envolveu 70 sindicalistas, representando 12 sindicatos de metalúrgicos da CUT e da Força Sindical, duas confederações, 15 empresas, 21 fábricas e cerca de 40 mil trabalhadores no País.

Esse foi o terceiro encontro nacional dos trabalhadores em veículos comerciais. O primeiro aconteceu em agosto do ano passado com os companheiros nas montadoras e o segundo foi em junho entre o pessoal nas autopeças.

“Confirmamos a pauta unificada e definimos dar prioridade ao contrato nacional nas negociações de setembro que envolve os companheiros de São Paulo, Paraná e Minas Gerais”, disse o diretor do Sindicato Valter Sanches, secretário de organização da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT.

No final do mês os trabalhadores vão entregar a pauta para o contrato nacional à Anfavea (sindicato das montadoras) e ao Sindipeças. Contrato Coletivo é um acordo válido para a categoria em todo o Brasil.

Sanches disse que espera sinal verde das montadoras para negociar o contrato coletivo nacional. “Caso contrário poderemos reeditar o festival de greves que realizamos em 1999”, avisou.

É hora de conquistas
O dirigente disse que os trabalhadores precisam aproveitar o crescimento do setor automotivo para reduzir as diferenças de jornada, salário e piso entre esses trabalhadores.

Ele lembrou que as disparidades são enormes. Enquanto a média salarial no ABC é de R$ 1.900,00, os companheiros na Mitsubishi em Catalão (GO) tem média de R$ 600,00 e o pessoal na Volks Resende (RJ) tem salário médio de R$ 900,00 para uma jornada de 44 horas semanais que, com as duas extras diárias, sobe para 54 horas.

“A redução das diferenças é boa para todos os trabalhadores nas montadoras”, concluiu.