“Vencemos um round. Tem mais luta pela frente”
Afirmação foi feita pelo presidente do Sindicato, Sérgio Nobre, durante ato que reuniu milhares de trabalhadores em defesa do emprego e da produção nacional na Assembleia Legislativa de São Paulo
Sérgio Nobre, durante o Grito de Alerta. Foto: Andris Bovo
O presidente do Sindicato, Sérgio Nobre, afirmou nesta quarta-feira (4/4), durante o Grito de Alerta, que os trabalhadores avançaram bastante na busca de suas conquistas. Mas a luta ainda continua.
“Exigir que 12 das 14 etapas de produção sejam nacionais, como foi anunciado pela presidenta Dilma no Plano Brasil Maior é uma grande conquista, mas é apenas um round. A nossa luta é como boxe, só que não venceremos por nocaute, vamos ganhar por pontos”, destacou o dirigente.
O ato organizado em defesa do emprego e da produção nacional reuniu milhares de trabalhadores, seis centrais sindicais, entidades patronais e estudantes na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Sérgio Nobre lembrou que uma agenda deve ser mantida com o governo federal, por meio dos Conselhos Setoriais, criados durante o lançamento das medidas do plano.
“Temos agora que enfrentar as absurdas taxas de juros cobradas pelos bancos, que fazem o consumidor da classe média comprar um bem financiado e pague por três”, criticou.
Ele também disse que quer manter aliança com os empresários que têm compromisso com o Brasil. “Para alguns patrões tanto faz produzir no Brasil ou no México, nos Estados Unidos ou na China. Eles não têm pátria. Esse tipo não nos interessa”, concluiu.
Já o presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM) da CUT, Paulo Cayres, o Paulão, enfatizou que os trabalhadores contribuíram para o plano de crescimento do governo.
“O nosso ato não é contra ninguém. É a favor da manutenção dos postos de trabalho e da produção nacional, defendendo o motor Euro-5, que precisa de incentivos”, ressaltou.
O movimento reivindicou que as medidas tomadas pela presidenta Dilma sejam também acompanhadas por propostas do Governo do Estado de São Paulo.
“Queremos um Plano São Paulo Maior, exigimos que o estado faça a parte dele e não permita que a indústria daqui perca a sua competitividade”, defendeu Adi dos Santos, presidente da CUT São Paulo.
O Plano São Paulo Maior, sugerido por Adi, ganhou apoio do presidente da CUT, Artur Henrique, que chamou a atenção para a guerra fiscal patrocinada pelos governos dos estados, a chamada Guerra dos Portos.
“Os governadores ficam fazendo leilão com os impostos nos portos e isso não está correto. Nós queremos que o ICMS tenha regras para os portos brasileiros e que o Estado de São Paulo, que hoje cobra o imposto em várias etapas da produção, passe a ser recolhido apenas na etapa final”, disse.
A estrutura do Grito de Alerta contou com um palco de 200 metros quadrados, 5 torres de som, 4 painéis de LED, 30 balões, 500 banheiros químicos, 250 seguranças, 50 bombeiros, 8 ambulâncias, além de todo apoio da CET, GCM e Polícia Militar.
Da Redação