Venda de carros usados cai 4,2% em novembro em SP
Para o presidente do Sindicato, Sergio Nobre, a queda é explicada pela escassez de crédito, que também atinge os veículos novos, pois sem vender o carro usado, o cliente não pode comprar um 0K
As vendas de automóveis usados em São Paulo atingiram 152.299 unidades em novembro de 2008, o que representa uma queda de 4,24% em relação ao mesmo mês do ano passado. Em relação a outubro a redução foi de 6,75%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira pela Associação dos Revendedores de Veículos Automotores do Estado de São Paulo (Assovesp).
Para o presidente do Sindicato, Sergio Nobre, a queda é explicada pela escassez de crédito. “As pessoas compravam seu carro zero sem entrada e com financiamento longo. Muitas vezes eles davam carro usado como entrada. Hoje, com a falta de crédito o preço do usado foi desvalorizado, pois as concessionárias pagam pouco na troca, a taxa de juros aumentou e o consumidor se afastou.”
Sergio diz que os empresários têm de fazer sua parte, pois o governo colocou R$ 8 milhões no mercado das montadoras para financiar o carro zero, não o usado.
70,3% dos negócios realizados foram com carros populares. Nesse segmento, as vendas registraram retração de 6,79% sobre novembro de 2007 e de 4,77% ante outubro. Em novembro 59% dos negócios com carros foram financiados, contra 49% em outubro. Segundo a Assovesp, o prazo médio do financiamento foi de 47 meses, ante 45 meses do mês de outubro.
Em novembro foram comercializadas 7.979 motos, o que representa uma retração de 9,19% sobre igual mês do ano passado e alta de 2,47% sobre outubro. Segundo a Assovesp, 30% dos negócios com motos foram financiados em novembro contra 63% em outubro. O prazo médio do financiamento foi de 24 meses ante 39 meses em outubro.
O segmento de caminhões usados encerrou novembro com 5.246 unidades vendidas, volume 4,44% menor que igual mês de 2007 e de 10,65% sobre outubro. Do total negociado, 31% foi financiado, ante parcela de 45% de outubro. Prazo médio de financiamento foi de 24 meses em novembro contra 40 meses acertados em outubro.
Da Redação com Agência Estado