Venda de implementos rodoviários cresceu 48% no País em 2010
A indústria brasileira de implementos rodoviários atingiu, em 2010, volume de vendas internas de 170 mil 214 unidades, em alta de 48% sobre o ano anterior. Na linha de reboques e semirreboques foram comercializados 59 mil 252 equipamentos, com evolução de 46%. No segmento de carroçarias sobre chassis o crescimento chegou a 49%, com total de 110 mil 962 unidades. A receita é projetada em R$ 6,8 bilhões, incremento de 36% sobre o resultado de 2009.
O desempenho final ficou bem acima das estimativas iniciais da Anfir, Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários, de incremento de 8% a 10% e da própria revisão feita na metade do ano para 30%. Pelos dados da entidade, o setor usou 87% de sua capacidade instalada, de 70 mil na linha pesada e de 130 mil no segmento leve, para atender à demanda.
Na linha de pesados houve queda apenas na venda de tanques de carbono, de 23%, resultando em 4,1 mil unidades. Neste segmento cresceu a presença do tanque inox, em 181%, para mais de 1,4 mil equipamentos. Destaque para os modelos para o transporte de toras, com alta de 193% e venda de 1 mil 553 unidades. Em termos de participação o maior incremento foi do modelo basculante, de 11% para 16% do total, com total de 9 mil 453 equipamentos, em alta de 108%. A representatividade dos modelos graneleiros e carga seca caíram dois pontos, para 31% do total, mesmo avançando 38%, para 18,7 mil veículos.
No segmento de leves a venda de modelos baú frigorífico em alumínio cresceu 54%, para 40 mil 463 unidades, resultando em participação de 36%. Mesmo crescendo 40% os modelos graneleiro e carga seca perderam a liderança no mercado de leves, ficando com 33% de representatividade, com total de 37,2 mil equipamentos. Os modelos basculantes tiveram alta de 57%, para 16,2 mil, mantendo 14% de participação. Em porcentuais o maior índice de crescimento, de 97%, foi na venda de baú lonado, para 750 unidades.
Os dados finais de 2010 não contemplam a totalidade das exportações. Até novembro o setor tinha embarcado 3,9 mil unidades, todas da linha pesada, com incremento de 37%. Sem incluir as vendas externas de dezembro a produção total do setor foi de 174 mil 153 unidades, crescimento de 47,5%.
Para 2011 o setor trabalha com projeção de crescimento na ordem de 4% a 5% no número de emplacamentos, atingindo faturamento próximo a R$ 7 bilhões. As perspectivas estão baseadas na manutenção do quadro atual da economia e dos incentivos ao setor, como a isenção do IPI, já prorrogado até dezembro de 2011, e do Programa de Sustentação do Investimento, que vigora com taxas diferenciadas até 31 de março. Para o primeiro trimestre do ano a carteira de pedidos do setor está cheio.
Da Autodata