Venda de importados cai 24,5% em setembro
As importadoras de veículos registraram queda de 24,5% nas vendas em setembro com 9.042 carros emplacados contra 11.975 em agosto, de acordo com dados da Abeiva (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores). Se comparado a igual período do ano passado, a queda é de 59,9%, a mais elevada do ano. Em setembro de 2011, a Abeiva emplacou 22.569 unidades.
Com 102.727 unidades, as associadas à Abeiva também amargam queda de 32,4% nos primeiros nove meses do ano, ante as 151.853 unidades em igual período de 2011, enquanto o mercado interno registrou alta de 5,5%. Foram emplacadas 2.667.347 unidades este ano contra 2.527.469 veículos emplacados de janeiro a setembro do ano passado.
Ao analisar o comportamento de vendas, isoladamente do mês de setembro ante agosto, enquanto as associadas à Abeiva registraram baixa de 24,5%, o mercado interno caiu 31,5%. Mas, na comparação de iguais períodos de 2012 e 2011, enquanto os importados caíram 59,9%, o mercado nacional sustentou ligeira queda de 5,5%.
“Com isso, o comportamento do mercado brasileiro por dados de market share nos mostra que o desempenho da Abeiva em setembro foi de 3,26% ante 7,69% em setembro de 2011. Ao comparar os totais do acumulado de 2012 e 2011, o nosso market share caiu de 6,01% para 3,85%”, argumenta Flavio Padovan, presidente da entidade.
Inovar Auto – A possibilidade de se habilitar ao programa Inovar Auto, regulamentado por meio do decreto 7.819, publicado no dia 3 de outubro no Diário Oficial da União, atende parcialmente às expectativas da Abeiva, entidade que representa 29 marcas sem fábrica no País.
“Temos de reconhecer que o programa Inovar Auto é um avanço para o País, que nunca teve uma regulamentação desse porte antes. Ao exigir contrapartidas de investimentos em pesquisa, desenvolvimento, engenharia e capacitação de fornecedores, o Decreto 7.819 sem dúvida significa uma importante definição de política industrial ao polo automotivo brasileiro rumo à competitividade internacional”, avalia Padovan. “No entanto, a diversidade de empresas dentro da Abeiva mostra que ainda não são todas as empresas que veem vantagens com o Inovar Auto para suas operações futuras. Para algumas empresas, o teto máximo de 4.800 unidades por ano é visto como uma ação paliativa e as demais exigências, um obstáculo de crescimento”.
Para o presidente da Abeiva, “desde a semana passada, cada associada à entidade está avaliando como irá se adequar a essa nova situação e como se habilitar ao programa Inovar Auto. Assim como cada filiada vai estudar a possibilidade de investimento em fábrica no País. Mas, por questão de escala industrial, a maioria das empresas deve se manter na atividade de importação, agora com atuação bastante limitada, o que é uma enorme perda para o mercado, por significar perdas irreparáveis em parâmetros tecnológicos, regras de livre comércio e competitividade de preços. E quem mais perde com isso é o consumidor brasileiro”, conclui.
Da Redação