Venda de ônibus volta a crescer no segundo semestre

Renovação de frotas urbanas movimenta o setor, como forma de manter a qualidade do transporte

A venda de ônibus voltou a crescer no segundo semestre. Até a metade do ano, os licenciamentos vinham abaixo dos registrados em iguais meses de 2021. Mas, a partir de agosto, ocorreu uma reação forte que se confirmou no mês seguinte. No acumulado até setembro eles anotam agora uma alta próxima a 9%, de acordo com a Associação dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

A produção de chassis para ônibus cresceu quase 65%, indicando que, até o fim do ano, poderão ser emplacados 21 mil ônibus zero-quilômetro, resultando em alta próxima a 20% sobre o ano passado. “Os modelos urbanos estavam com as vendas represadas [como consequência da pandemia de covid-19] e foram os que mais cresceram este ano, cerca de 40%”, afirma Jorge Carrer, diretor de vendas e ônibus da VWCO.

Carrer recorda que o ritmo das compras caiu bastante com a pandemia, mas afirma que a cidade de São Paulo, por exemplo, não parou de renovar sua frota, que tem 14 mil ônibus e uma necessidade de substituição anual entre 15% e 20% desses veículos como forma de manter a qualidade do serviço.

De acordo com o executivo, as entregas de modelos urbanos ocorreram para cidades pequenas, médias e para metrópoles como Brasília, Manaus, Salvador, São Paulo e Vitória. “Após abril, as vendas deslancharam”, recorda. A Mercedes-Benz também reconhece a antecipação de compras e o impulso dado pelos ônibus urbanos em 2022. De acordo com os fabricantes, a procura por modelos de uso rodoviário também cresceu este ano.

Do Estadão