Venda de usados no Grande ABC se mantém estável, diz Assovesp

Lojistas da região apontam recuperação nas vendas, já se aproximando aos índices alcançados antes da crise financeira internacional, que estourou em setembro do ano passado

O mercado de veículos usados no Grande ABC em maio praticamente manteve o número de vendas registrado em abril, segundo dados, da Associação dos Revendedores de Veículos Automotores no Estado de São Paulo (Assovesp). Foram 12.563 ante 12.312; diferença de 251 unidades, o que, em termos percentuais, significa estabilidade.

Lojistas da região apontam recuperação nas vendas, já se aproximando aos índices alcançados antes da crise financeira internacional, que estourou em setembro do ano passado.

“Estamos em um momento de ascensão, em que o comércio está começando a ficar dentro do aceitável”, afirmou Ricardo Tomaro, gerente da revendedora de veículos usados Perfil, localizada no Auto Shopping União ABC, em São Bernardo.

Suas vendas antes da crise alcançavam entre 30 e 40 carros por mês. Até fevereiro, havia uma média de 15 a 18 unidades. “Em maio, fechamos com 33 unidades. Acredito que essa recuperação tenha se dado pela proximidade do fim da redução do IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados, que se encerra em junho)”.

Paulo Perazza, proprietário da Prime e da Qualivel, localizadas no Auto Shopping Global, em Santo André, concorda com o concorrente: “Determinados modelos estão em falta no mercado, que já sinalizou isso, portanto, com a demora da entrega, o comprador acaba por perder o benefício do IPI”. Por outro lado, os usados continuam com uma desvalorização em torno de 30% em seus preços. O IPI gera uma desoneração em torno de 8% no preço final do automóvel, considerando que ele seja popular.

Perazza registrou em suas duas lojas alta de 10% em relação a abril. “Porém, ainda estou longe da média mensal de 70 unidades. Em abril foram 49 carros, ante 55 em maio”.

De acordo com o empresário, um Celta 1.0 4 portas 2008 (da General Motors) usado que antes custava R$ 22.800 deve sofrer reajuste com o fim do benefício fiscal e subir para R$ 23.800. Já o 0 km, que hoje é vendido por R$ 28.000, no fim do mês deve sair por R$ 30 mil.

A Mixcar Automóveis, de São Bernardo, também apresentou elevação nas vendas. “Antes da crise vendíamos entre 25 e 30 unidades. Em abril comercializamos apenas 18 e, em maio, 24. A expectativa é boa, pois já começamos junho com 10 vendas”, relatou o vendedor Rodrigo Montanari.

Do Diário do Grande ABC