Venda direta ao consumidor pode reduzir mais o preço do veículo

Um dos mecanismos em negociação pelas montadoras e rede de concessionárias é a expansão da venda direta ao consumidor final, hoje limitada a pessoas jurídicas, PcDs, locadoras e pequenos produtores. Segundo o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, a entidade tem trabalhado junto com a Fenabrave para mexer na regulamentação.

O executivo não deu outros pormenores em conversa com a imprensa na tarde de quinta-feira, 25, na sede da Fiesp, Federação das Indústrias de São Paulo. Estimou que as medidas anunciadas pelo governo, podem acrescentar de 200 mil a 300 mil veículos às vendas em doze meses, prazo que a Anfavea defende para a vigência do desconto de IPI, PIS e Cofins aos veículos de até R$ 120 mil.

Ele admitiu, porém, que o mercado poderá dar uma esfriada nos quinze dias em que o Ministério da Fazenda pediu para fazer cálculos antes da publicação da medida provisória que reduzirá os impostos e permitirá o desconto nos preços. O impacto na indústria será imediato, de acordo com Lima Leite. Na verdade, já houve efeitos: ele disse que ao menos três fábricas, sem citar as empresas, que estavam com paralisações programadas para as próximas semanas recuaram da decisão.

Não há, porém, exigência nenhuma de contrapartida das montadoras para manutenção de emprego. As reduções nos preços dos veículos seguirão três fatores: o preço do carro, quanto menor maior a redução, a eficiência energética, quanto mais eficiente, maior o desconto, e o índice de nacionalização, também quanto maior, mais desconto. Segundo Lima Leite o MDIC tem as ferramentas para medir todos os itens técnicos, pois regularmente as empresas enviam seu relatório de conteúdo local na produção, até para efeito de exportação.

Da AutoData