Vendas de caminhões Euro 6 começam a reagir em abril
Não. Não foi das melhores a estreia da motorização Euro 6 diante da trombada na mudança de tecnologia Euro 5 para 6 com as incertezas no cenário macroeconômico, o maior rigor na aprovação de financiamentos, os juros nas alturas, e em meio a um PIB que recuou 0,2% no último trimestre do ano passado junto ao contexto turbulento na transição para um novo governo.
Dados da Anfavea mostraram que, do total de vendas de caminhões 0 km no primeiro trimestre apenas 6,4%, ou 1,8 mil unidades, eram Euro 6. Ou seja: quase a totalidade dos 28,6 mil emplacamentos, 93,6% ou 26,7 mil, eram Euro 5. As montadoras tinham até 31 de março para vender seus estoques com a motorização antiga.
Virada a página no mês de abril quando, obrigatoriamente, apenas unidades Euro 6 podem ser comercializadas no atacado, ou seja, às concessionárias, a situação começou a mudar. Durante o painel de caminhões do primeiro dia do Fórum de Veículos Comerciais 2023 realizado de forma online pela AutoData Editora na segunda, 17, e na terça-feira, 18, o diretor executivo de caminhões da Volvo, Alcides Cavalcanti, trouxe a informação que as vendas começaram a reagir.
Embora ainda pouco representativa a participação nos licenciamentos de caminhões novos praticamente dobrou com relação ao porcentual registrado no acumulado de janeiro a março, o que se torna ainda mais abrangente se considerado somente o mês de abril. No geral, considerando caminhões acima de 7 toneladas, a Anfavea projeta a venda de 112 mil veículos em 2023.
Da AutoData