Vendas de veículos sobem 4,4% na primeira quinzena
A avaliação dos dirigentes da indústria é que o resultado das vendas na primeira metade de março indica que haverá crescimento próximo de 5% este mês na comparação com março de 2008
Com 123,7 mil unidades até segunda-feira (16), as vendas acumuladas no mês apontam crescimento de 4,4% na comparação com a primeira quinzena de março de 2008.
A avaliação dos dirigentes da indústria é que o resultado das vendas na primeira metade de março indica que haverá crescimento próximo de 5% este mês na comparação com março de 2008.
Boa parte desse resultado deve-se à dúvida do consumidor em relação à continuidade do IPI reduzido. O governo ainda não anunciou a extensão do benefício. As montadoras aproveitaram a incerteza para fazer amplas campanhas de marketing, chamando o consumidor para feirões.
Do primeiro dia de janeiro até segunda-feira, foram vendidos no Brasil 520,5 mil veículos (incluindo caminhões e ônibus), uma queda de apenas 0,79% na comparação com igual período do ano passado. Os executivos da indústria acreditam que o volume de vendas no primeiro trimestre de 2009 será igual ou até maior do que nos primeiros três meses de 2008.
O crescimento nas vendas de veículos continua favorecendo o aumento no ritmo de atividade na indústria automobilística e as montadoras deixaram de recorrer às licenças remuneradas. Os 300 empregados da GM que voltaram ao trabalho na fábrica de em São Caetano do Sul (SP) esta semana eram os últimos da empresa em licença remunerada. Ela está, no entanto, gradativamente desligando outros 1,6 mil que foram contratados em regime temporário.
A Renault já começou a trabalhar com a hipótese de o IPI reduzido ser prorrogado até o fim do ano. “Trabalhamos com dois cenários; um de extensão de três meses e outro até o fim do ano”, afirma o diretor de marketing da empresa, Cássio Pagliarini.
A direção da Renault está empolgada também com a volta das consultas de empresas para a compra de veículos. “Há algumas semanas começamos a receber telefonemas de empresas com necessidade de renovação da frota”, conta o vice-presidente comercial, Christian Pouillaude. O executivo aponta outros sinais positivos: “O crédito voltou, o mercado dos seminovos está se normalizando e os estoques estão baixando”.
Do Valor Econômico