Vendas de veículos sobem 4,65% em junho, diz Fenabrave

Alta foi registrada em relação aos números de maio. Houve queda de 12,4% na comparação com junho de 2009

As vendas de veículos novos (automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus) subiram em junho, após forte queda em maio devido ao reflexo do fim do desconto sobre o IPI. Ao todo, foram emplacadas em junho 262.780 unidades, volume 4,65% superior ao comercializado em maio, com 250.984 unidades. O balanço foi divulgado nesta quinta-feira (1º) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

O resultado já era esperado pela entidade. Para o presidente da Fenabrave, Sérgio Reze, a queda vista no mês anterior foi uma acomodação do mercado. “O mercado volta ao normal e o fim do IPI já foi absorvido”, afirma Reze. No entanto, o ´fator Copa do Mundo´ impediu que o crescimento fosse ainda maior em junho. Segundo o representante das concessionárias, a Copa inibe um pouco a procura por carros.

Em relação a junho de 2009, quando ainda vigorava o desconto sobre o IPI, houve queda de 12,44% no número de veículos emplacados, que foi de 300.129.

No acumulado do primeiro semestre, o setor já soma 1.579.715 unidades comercializadas, aumento de 8,98% sobre igual período de 2009, quando 1.449.603 unidades haviam sido emplacadas. “É nítido o pulo de crescimento do setor. Isso significa que o consumidor está tranquilo e aproveita as promoções e a situação econômica como um todo”, destaca Reze.

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Nos seis primeiros meses do ano foram vendidos 2,4 milhões de unidades contra 2,2 milhões no primeiro semestre de 2009

Venda de veículos cresce quase 10% no semestre
A venda de veículos automotores cresceu 9,29% no primeiro semestre de 2010, na comparação com o mesmo período do ano passado. Nos seis primeiros meses do ano foram vendidos 2,4 milhões de unidades contra 2,2 milhões no primeiro semestre de 2009. Em junho, o setor registrou elevação de 1,32% nas vendas, com 411 mil unidades faturadas. Na comparação com junho do ano passado, houve queda de 6,94%, de acordo com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), divulgados hoje (1º).

Segundo o presidente da Fenabrave, Sérgio Reze, os resultados não diferem da previsão feita pela entidade. “Na comparação semestral, é nítido o curso de crescimento do setor em função de o consumidor estar tranquilo, se aproveitando das promoções que estão sendo feitas e da situação da economia e da política, que está calma”.

Quando divididos em segmentos, os automóveis e comerciais leves totalizaram no semestre 1,4 milhões de unidades vendidas, 7,32% a mais do que no mesmo período do ano passado. Na comparação com maio houve elevação de 4,97% : 247,5 mil em junho contra 235,7 mil no mês anterior. Mas quando comparado a junho do ano passado, que registrou 289,7 mil unidades vendidas, a queda foi de 14,58%.

Os caminhões recuperaram as vendas, com um crescimento de 30,31% no semestre (13,1 mil unidades) e de 7,97% no mês (2,2 mil unidades). Na comparação com o mesmo mês do ano passado, as vendas cresceram 28,3%. “Nós esperávamos um crescimento mais contido das vendas de caminhões, mas o segmento cresce fortemente porque a economia puxa a necessidade de substituição da frota”.

Com relação às motocicletas, as vendas em junho foram inferiores às de maio. Com 138,6 mil unidades, a queda foi de 3,62%. No entanto, na comparação com junho do ano passado, o crescimento foi de 3,19% e, no semestre, de 8,56%, com vendas totais de 831.200 motocicletas.

“O consumidor de motocicletas está pagando um alto preço pela seletividade iniciada na crise de 2008. Para conceder crédito, os bancos procuram privilegiar os processos de compra para marcas mais tradicionais”.

Ao ser perguntado sobre os impactos de novos aumentos na taxa básica de juros – Selic – nas vendas e nos financiamentos de veículos, Reze enfatizou que não acredita em impactos negativos. Ele citou como exemplo a crise econômica iniciada em 2008 e disse que, naquele momento, o que impactou a decisão de compra do consumidor não foi a taxa de juros e, sim, a ausência de fundos para o financiamento.

“Quando se tem recursos, os próprios bancos fazem uma avaliação entre os juros que eles pagam com os juros aplicados ao mercado e a necessidade do banco de aplicar esses recursos. Podemos verificar que não houve uma diminuição das vendas e a taxa Selic já teve dois ou três aumentos [atualmente está em 10,25%]. O que as pessoas fazem é ampliar as prestações do financiamento”.

Reze ressaltou que os veículos de entrada (conhecidos como carros populares) sem opcionais são comprados principalmente por frotistas. Já o consumidor comum, que consegue prazos maiores de financiamento, está optando por veículos com maior valor agregado. “O veículo 1.0 [litro] equipado está custando o mesmo preço de um veículo 1.6 [litro]. Então, nem nesse sentido, o aumento dos juros vai influenciar”, disse.

Do Autoesporte.com e da Agência Brasil