Vendas no comércio mantêm ritmo de alta
Segundo o IBGE, de outubro para novembro o crescimento foi de 1,1%, o sétimo seguido na comparação mensal; em 12 meses, expansão é de 10,8%
As vendas no comércio varejista cresceram 1,1% de outubro para novembro do ano passado, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) divulgada nesta quarta-feira (12) pelo IBGE. A receita nominal aumentou 1,2%. Com isso, diz o instituto, o setor completa sete meses seguidos de resultados positivos em volume de vendas e 11 meses de crescimento em receita.
Na comparação com novembro de 2009, as vendas subiram 9,9% e a receita, 14,8%. No ano, essas altas atingem 11% e 14,4%, respectivamente. Em 12 meses, as vendas sobem 10,8%, enquanto a receita cresce 14,1%.
De outubro para novembro, oito das 10 atividades registraram variação positiva em volume de vendas: equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (10,5%); livros, jornais, revistas e papelaria (6,6%); móveis e eletrodomésticos (2,4%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,9%); material de construção (0,8%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,2%); veículos e motos, partes e peças (0,2%); e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,1%). Por outro lado, as variações negativas ocorreram em: tecidos, vestuário e calçados (-3,6%); e combustíveis e lubrificantes (-0,3%).
Na comparação com novembro do ano anterior, todas as atividades cresceram: Veículos e motos, partes e peças (30,4%); livros, jornais, revistas e papelaria (23,2%); móveis e eletrodomésticos (20,5%); equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (20,4%); material de construção (15,8%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (13,4%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (11,0%); tecidos, vestuário e calçados (9,2%); combustíveis e lubrificantes (6,3%); e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (5,6%).
Segundo o IBGE, o grupo de móveis e eletrodomésticos deu a maior contribuição (36%) para a alta do varejo, com crescimento de 18,3% de janeiro a novembro e de 17,7% em 12 meses. “O desempenho é fruto da recuperação do crédito e da manutenção do crescimento do emprego e do rendimento, além da queda das vendas em maior parte de 2009 (configurando um certo “efeito-base”), consequência da crise financeira do final de 2008”, diz o instituto.
Em seguida, o grupo de hipermercados (alta de 5,6% sobre novembro de 2009 e de 9,3% tanto no ano como em 12 meses) respondeu por 27% da taxa total. “A recente redução de seu ritmo de crescimento pode ser explicada pelo aumento de preço do alimentos (alta de 6,7% entre setembro e novembro de 2010, segundo o IPCA)”, afirma o IBGE, acrescentando que o desempenho do setor reflete o comportamento positivo da massa salarial, que teve expansão de 9,6% sobre novembro de 2009.
Também foram registrados positivos em todas as unidades da federação em relação a novembro de 2009. Os destaques foram Tocantins (69,8%), Rondônia (28,1%), Paraíba (22,3%), Maranhão (19,4%) e Ceará (17,3%). Em relação à participação na taxa total, o IBGE destacou São Paulo (8,3%), Rio de Janeiro (9,8%), Minas Gerais (12,4%), Rio Grande do Sul (13,9%) e Bahia (12,6%). Na comparação de outubro para novembro do ano passado, houve variações positivas em 17 das 27 unidades, com destaque para Alagoas (3,7%), Amapá (3,1%), Ceará (1,9%), Bahia (1,8%) e Minas Gerais (1,8%). As maiores quedas ocorreram em Roraima (-9,3%), Distrito Federal (-3,0%), Rio Grande do Norte (-2,1%) e Maranhão (-2,0%).
Da Rede Brasil Atual (Vitor Nuzzi)