Vendas no varejo declinam 0,4% em fevereiro, aponta IBGE

As vendas no varejo brasileiro apresentaram queda de 0,4% em fevereiro, interrompendo uma trajetória de nove meses de taxas positivas, notou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em janeiro, o indicador tinha aumentado 1,1%. Os dados respeitam ajuste sazonal. Perante fevereiro de 2010, o volume de vendas teve alta de 8,2%, mesma taxa verificada no acumulado do bimestre inicial deste calendário. Nos 12 meses fechados em fevereiro, as vendas registraram crescimento de 10,4%.

Considerando o confronto mensal, apenas 3 das 10 atividades investigadas tiveram expansão nas vendas – tecidos, vestuário e calçados (1,4%), outros artigos de uso pessoal e doméstico(1,4%) e combustíveis e lubrificantes (0,1%). Dos lados das quedas, ficaram, por exemplo, hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,3%) e veículos e motos, partes e peças (-1,1%).

Em relação a fevereiro de 2010, porém, todas as atividades verificaram aumento de vendas, com destaque para móveis e eletrodomésticos, com acréscimo de 20,5% e principal impacto na formação da taxa do varejo (42%). “Este resultado reflete as condições favoráveis de crédito, a manutenção do crescimento do emprego e do rendimento e a estabilidade de preços, principalmente no que tange aos eletrodomésticos”, informou o IBGE.

Quanto à receita nominal, houve estabilidade na passagem de janeiro para fevereiro, mas elevação de 13% no comparativo com o segundo mês de 2010. No primeiro bimestre, o indicador subiu 13,2%. Em 12 meses, o incremento apurado foi de 14,4%.

Considerando o comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e de material de construção, houve estabilidade nas vendas no varejo e na receita nominal entre janeiro e fevereiro, com ajuste sazonal. Ante o segundo mês de 2010, o primeiro indicador aumentou 14,5% e o segundo, 17,2%.

Do Valor Econômico