Vendas seguirão fortes mesmo com o fim da redução do IPI
No segmento de automóveis e comerciais leves fevereiro de 2010 foi o melhor fevereiro da história, com 211,4 mil unidades comercializadas. O bimestre, também recorde, acumula 413,1 mil emplacamentos
Sérgio Reze, presidente da Fenabrave, descarta a possibilidade de renovação do desconto no IPI para veículos flex, previsto para encerrar na quarta-feira, 31. Segundo a necessidade da redução do imposto foi esgotada pelo crescimento da economia e pelos sucessivos feirões e promoções feitos pelos fabricantes, provocados pela disputa de mercado.
Em fevereiro as vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus cresceram 10,8% na comparação com igual período do ano passado, para 221 mil unidades. No bimestre o volume é 9,5% superior, com 434,3 mil unidades.
O número poderia ser superior não fossem os problemas encontrados com o Finame para venda caminhões – já solucionados, garante Reze.
“Houve retração na alocação de recursos para o Finame no começo do ano, que chegou a atingir até algumas vendas fechadas. Mas o BNDES garantiu que o problema foi resolvido e mais R$ 40 bilhões serão liberados para o setor nos próximos dias.”
Ainda assim as vendas de caminhões superaram em 23,5% o volume de fevereiro do ano passado, quando saíram das concessionárias 7,9 mil unidades. O bimestre acumula 39,2% de elevação, com 17,6 mil unidades. O segmento de ônibus somou 1,7 mil emplacamentos em fevereiro, alta de 5,3%, e 3,5 mil no bimestre, crescimento de 18%.
No segmento de automóveis e comerciais leves fevereiro de 2010 foi o melhor fevereiro da história, com 211,4 mil unidades comercializadas. O bimestre, também recorde, acumula 413,1 mil emplacamentos.
Apesar de ter superado a General Motors em vendas em fevereiro a Volkswagen segue na terceira colocação no acumulado do ano, com 19,9% das vendas. A líder Fiat fechou com 22,7% de participação e a GM teve 20,9%.
Duas rodas – As vendas de motocicletas em fevereiro cresceram 13,2%, somando 120,8 mil unidades. No acumulado do ano a alta chega a 5%, para 242,4 mil motocicletas.
Mesmo com o crescimento Reze reclama que os problemas de aprovação cadastral com os consumidores de motocicletas continuam, apesar da liberação de R$ 3 bilhões pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal no fim do ano passado: “O dinheiro está disponível, não faltam compradores mas as fichas cadastrais não satisfazem aos bancos”.
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