Violência contra trabalhadores: Mais três agricultores assassinados

O sindicalista Pedro Laurindo da Silva, da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Pará, foi assassinado domingo à noite com dois tiros na cabeça.

Pedro Laurindo era líder do acampamento Zumbi dos Palmares, ocupado por 150 famílias na região de Marabá. Ele voltava de um seminário sobre direitos humanos quando foi alvejado por um pistoleiro, preso em seguida. Para a Comissão Pastoral da Terra, o crime foi encomendado.

Mato Grosso

No dia anterior, os trabalhadores rurais Vanderlei Macena Cruz e Mauro Gomes Duarte, que viviam no Acampamento Renascer, em Nova Guarita, Mato Grosso, foram assassinados.

Seus corpos foram encontrados na Gleba Gama, onde está o acampamento, área pública com 16 mil hectares, grilada por mais de 40 fazendeiros.

Um deles, o grileiro conhecido como Chapéu Preto, atacou com sua milícia armada o acampamento Renascer no início de outubro.

Foram praticados atos de violência e ameaças, chegando ao requinte de espancar trabalhadores rurais com arame farpado.

5º Congresso repudia violência

A recente onda de violência contra trabalhadores e sindicalistas, que resultou em dezenas de mortes, mereceu uma moção de repúdio no 5º Congresso.

Nela, os delegados relacionam os ataques aos trabalhadores com os ataques ao governo Lula.

No final, a moção conclama todos a formar u-ma frente de resistência em defesa da democracia.