Violência impune
A convenção coletiva
tripartite para proteção de
prensas e similares, galvânicas
e injetoras de plástico
foi recentemente renovada,
com algumas alterações
importantes, principalmente
na área de formação em
segurança nas operações
e preparações de prensas.
Os prazos para adequação
e proteção das máquinas
deixaram de existir na
sua quase totalidade, o que
se justifica, pois, em vigor
a quase seis anos, não há
mais que se falar em prazos
e em desconhecimentos
das exigências.
Acidentes continuam –
Apesar de tanto tempo
em vigor, a convenção
ou PPRPS – Programa de
Proteção de Prensas e Similares,
como é conhecido,
ainda não mostrou os resultados
esperados. Basta
acompanhar a nossa Tribuna
para sabermos que,
diariamente, ocorrem acidentes
graves com mutilações
inaceitáveis.
Isso se deve principalmente
ao descaso e à pouca
valorização da dignidade
das pessoas que trabalham
por parte da maioria expressiva
dos empresários.
Estes se dizem empreendedores,
antenados, modernos
e comprometidos mas,
apesar disso, adiam proteger
prensas mecânicas
ultrapassadas, com dispositivos
que muitas vezes
custam menos que um
jantar nos seus restaurantes
badalados.
Para burlar a proibição
de compra e comercialização
de prensas de
engate por chaveta no Estado
de São Paulo, eles importam
essas mesmas máquinas
da China, a preços
vantajosos e sem nenhum
dispositivo de proteção.
Até quando? – O Ministério Público
do Trabalho precisa investigar
as atuações desses
empresários, as importações
de máquinas desprotegidas
burlando as leis e
a comercialização e terceirização
de máquinas sem
os equipamentos de segurança
instalados.
Falta, também, a companheirada
refletir e entender
que já passou a
hora de dar um basta
nessa bandidagem, se
recusando a trabalhar
em máquinas inseguras
e denunciando ao nosso
Sindicato.
Departamento de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente