Violência no trabalho: quem responde?
O risco de trabalhadores serem vítimas da violência nos locais de trabalho aumenta a cada dia. Roubos, agressões, lesões corporais e até homicídios têm sido frequentes em algumas empresas. E o Estado, há muito tempo, vem se mostrando incapaz de garantir a segurança.
Recentemente, os tribunais do trabalho decidiram que os empregadores são responsáveis pela segurança de seus trabalhadores. Em Belo Horizonte, um posto de combustível teve que indenizar, em R$ 8 mil, um frentista que sofreu sete assaltos à mão armada.
No Ceará, um trabalhador da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) – atingido por arma de fogo em um assalto a agência da cidade de Brejo Santo, que funcionava como correspondente bancário do Bradesco – vai receber indenização no valor de R$ 100 mil. A agência fazia o pagamento de aposentadorias, com movimentação de dinheiro, mas não tinha segurança compatível para minorar os riscos de assalto e proteger trabalhadores e clientes.
Na última segunda-feira, as agências bancárias do Estado do Rio Grande do Sul foram autorizadas a não abrirem as portas em função da paralisação por atrasos no pagamento de salários da polícia civil e brigada militar.
A segurança é responsabilidade de toda a sociedade, mas o Estado e os patrões devem adotar medidas eficazes que protejam a vida e a integridade física dos cidadãos em geral e dos trabalhadores no particular.
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