Visita à Metaltork fortalece mobilização na base e abre espaço para discutir políticas industriais
Durante a atividade, o presidente do Sindicato, Moisés Selerges, destacou a relevância da aproximação com o chão de fábrica e com a empresa

O presidente do Sindicato, Moisés Selerges esteve na Metaltork, em Diadema, no último dia 20, para reafirmar o compromisso com a base e ampliar o diálogo com a empresa sobre os desafios enfrentados pela indústria nacional, especialmente o setor de autopeças. Durante a atividade, Moisés destacou a relevância da aproximação com o chão de fábrica e com as empresas do ramo.
“A ida à Metaltork foi essencial para consolidar uma relação próxima com a produção e abrir caminho para debater medidas voltadas à reindustrialização. É uma empresa do segmento de parafusos, importante para a nossa região, que enfrenta dificuldades como a entrada de produtos importados da China e o alto custo do aço”.
Segundo Moisés, é preciso construir caminhos para garantir empregos de qualidade e fomentar a produção. “Não existe emprego sem atividade industrial. E, para que a produção aconteça, é necessário adotar políticas públicas que estimulem o setor e preservem o mercado interno. Essa foi apenas uma primeira conversa, e o Sindicato seguirá atuando para contribuir com propostas que valorizem a indústria e ampliem as oportunidades para os trabalhadores”.

O coordenador de área, João Paulo Oliveira dos Santos, avaliou positivamente a visita. “Tivemos um contato direto com os companheiros e companheiras, em um momento importante de mobilização para a Campanha Salarial. Moisés conversou com a base, reforçou o papel do Sindicato e a importância do Comitê Sindical na organização no local de trabalho”.
“É muito importante o presidente estar presente na fábrica dialogando com a companheirada para entender os desafios do dia a dia e do setor automotivo”, afirmou o coordenador da Regional Diadema, Antônio Claudiano da Silva, o Da Lua.
Organização democrática

Além do diálogo com os trabalhadores, a Direção também se reuniu com representantes da empresa, que expuseram preocupações relacionadas ao futuro do setor, especialmente no campo da energia renovável. “É fundamental ouvir quem está produzindo e discutir alternativas. O Sindicato tem histórico de participação em espaços de formulação e está preparado para contribuir com a construção de uma nova política industrial para o país”.
O dirigente também ressaltou o valor da organização democrática no chão da fábrica. “A luta de classes existe e precisamos ir à luta. É justamente por isso que a democracia deve ser defendida. Só com ela é possível negociar, reivindicar e avançar. A democracia só se sustenta com participação ativa, e isso só é possível com uma categoria mobilizada e fortalecida. Por isso, reforçamos o chamado à sindicalização: quem ainda não é sócio, junte-se a nós”.
Comitê Sindical reconhecido
A Metaltork formalizou o reconhecimento do CSE (Comitê Sindical de Empresa) em 2025 por meio de um acordo firmado com o Sindicato. “Este reconhecimento é fruto de uma construção política que assegura legitimidade ao dirigente sindical, fortalece a negociação e dá mais segurança para atuar diante dos desafios cotidianos”, finalizou João Paulo.