Vítimas da ditadura serão homenageadas

A ditadura militar torturou e matou quem se opôs a ela. Três metalúrgicos do ABC e um gráfico da região estão entre as vítimas. O Sindicato e a Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República vão homenageá-los na próxima segunda-feira, dia 5, às 18h, em ato na Regional Diadema. Participe!

“Você corta um verso/ Eu escrevo outro.
Você me prende vivo/ Eu escapo morto.
De repente, olha eu de novo/ Perturbando a paz
Exigindo o troco.”
(Pesadelo – Maurício Tapajós e Paulo César Pinheiro)

“Para que suas ideias e seus feitos sejam conhecidos”

O ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria de Direitos Humanos, disse ontem que o projeto Memorial Pessoas Imprescindíveis deve ser construído na maior quantidade possível de lugares.

“É a melhor maneira das pessoas saberem quem foram os companheiros que deram suas vidas em favor de um regime democrático e livre, em um momento que prevaleceram no Brasil as violações aos direitos humanos, com torturas e execuções”, afirmou.

Para ele, os resistentes que lutaram das formas mais diversas contra um regime que era ilegal e ilegítimo merecem ser conhecidos por nosso povo e nossa juventude. “Para que suas vidas, seus feitos e suas ideias sejam conhecidas”, comentou.

História
Vannuchi entende que o Memorial deve ser um marco permanente de referência para os habitantes da cidade, os estudantes e os trabalhadores.

“O Memorial é para homenagear de forma pública alguns dos personagens desta nossa história”, lembrou.

Memoriais como o que está para ser inaugurado na Regional Diadema já existem em mais de 16 cidades do Brasil, um deles em Recife, em homenagem ao Padre Henrique, que trabalhou como auxiliar do Dom Hélder Camara. Outros ficam em teatros, sindicatos e universidades.

Estado é o responsável
O programa Direito à Verdade e Memória é um dos pilares da Secretaria, que teve seu momento mais importante com o lançamento de livro em que o Estado reconhece sua responsabilidade na execução e desaparecimento de mais de 450 brasileiros que lutaram conta a ditadura e em favor de um País livre e democrático.

O livro deu origem a uma exposição de painéis com fotos e textos contando a história da ditadura militar, que já percorreu mais de 60 cidades e foi vista por 500 mil pessoas.

Sombrio – Essa exposição, já instalada na Sede do Sindicato, ficará na Regional Diadema por todo o mês de abril.

“Muitos jovens ainda não conhecem os detalhes deste período sombrio de nossa História”, concluiu o ministro.