Vizinho, dá uma força: México conta com ajuda dos EUA para conter importações chinesas

Governo quer que montadoras e fábricas de semicondutores substituam componentes chineses por mexicanos

O México quer reduzir sua dependência das importações da China e está pedindo a algumas das maiores indústrias mundiais e a empresas de tecnologia que operam no país que identifiquem produtos e peças chinesas que possam ser fabricados localmente.

O governo da presidente Claudia Sheinbaum, quer que as montadoras e as fabricantes de semicondutores dos Estados Unidos, bem como gigantes globais dos setores aeroespacial e eletrônico, substituam alguns bens e componentes fabricados na China, na Malásia, no Vietnã e em Taiwan, disse o Secretário de Comércio Internacional do México, Luis Rosendo Gutiérrez.

As medidas propostas serão focadas principalmente na China, rival de longa data do México na corrida global para atrair investimentos em manufatura, disse a consultoria mexicana Empra em nota a investidores. “A atmosfera nos EUA mudou. Há um novo consenso sobre um maior protecionismo“, informa o governo mexicano em uma apresentação vista pelo The Wall Street Journal, descrevendo algumas das prioridades comerciais e industriais do México. “Estamos enfrentando uma guerra comercial entre os Estados Unidos e a China.”

Em comunicado ao The Wall Street Journal, o ministério das Relações Exteriores da China informou que o comércio bilateral e a cooperação entre o México e a China trouxeram “benefícios tangíveis” para a população de ambos os países. “Os dois lados devem criar condições favoráveis para interações econômicas e comerciais normais, além de manter conjuntamente a estabilidade da cadeia de suprimentos global.”

Do InvestNews