Você escolherá o banco para movimentar seu salário
A partir de 1º de janeiro entra em vigor a lei que permite transferir o seu salário para uma conta corrente num banco de sua preferência sem pagar tarifas ou a CPMF. É hora de escolher o banco que lhe dê tarifa zero.
Se o banco lhe procurar, exija tarifa zero
A partir de 1º janeiro, os trabalhadores têm uma boa oportunidade para exigir tarifa zero dos bancos.
Nessa data entra em vigor a lei que permite transferir o seu dinheiro para uma conta corrente num banco de sua preferência sem pagar tarifas ou a CPMF.
Nessa hora, o companheiro e companheira deve escolher o banco que lhe oferece as melhores vantagens, como a tarifa zero.
Alguns bancos já tentam ganhar os metalúrgicos. O HSBC, por exemplo, mandou cartas aos companheiros na Grob, de São Bernardo. Na correspondência, convida o trabalhador a abrir uma conta corrente. Os companheiros na GM receberam carta semelhante do mesmo banco.
“Essa é a hora daqueles trabalhadores que ainda não tem a tarifa zero exigir o benefício do banco”, disse o diretor do Sindicato José Paulo Nogueira.
Mais concorrência – Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a medida têm o objetivo de promover a concorrência entre os bancos. “Estamos dando ao trabalhador o direito de escolher o banco com que quer trabalhar”, observou Mantega, na semana passada, logo após o Conselho Monetário Nacional aprovar a operação.
“A competição leva à redução da taxa de juros. O que queremos é que os bancos corram atrás do cidadão e não que o cidadão fique pedindo favores para o banco. Queremos que isso seja invertido”, afirmou.
Mais da metade da categoria tem o benefício
O Sindicato deflagrou campanha pela tarifa zero na campanha salarial de 2004, quando constatou que as tarifas podem morder até um salário mínimo por ano de cada trabalhador.
A reivindicação foi apresentada para todas as empresas e cerca de 60 mil companheiros obtiveram a conquista na base.
Folha lucrativa – Ter o pagamento de trabalhadores é tão lucrativo para os bancos que muitos deles compram as folhas de pagamento das empresas.
Em setembro, o jornal Folha de S. Paulo denunciou que empresas de grande porte receberam dos bancos entre R$ 4 milhões e R$ 50 milhões.
Os bancos contam recuperar o investimento com a venda de produtos financeiros aos trabalhadores e com a cobrança de tarifas.