Volks espera crescer apesar da crise americana
Outras grandes montadoras, porém, projetam redução de demanda e corte de produção e empregos no exterior
O presidente-executivo da Volkswagen, Martin Winterkorn, disse que a empresa espera conseguir gerar um pequeno ganho em vendas unitárias e receita no próximo ano, apesar da turbulência nos mercados financeiros norte-americanos. O executivo confirmou cenário para companhia em 2008.
Grandes montadoras do mundo, incluindo General Motors e Ford, alertaram para tempos difíceis durante o salão do automóvel de Paris, aberto nesta quinta-feira (1°), pois vêem chance de que a redução na demanda possa forçar as empresas a cortarem produção e empregos.
O presidente-executivo da Ford, Alan Mulally, afirmou que não espera uma recuperação do mercado global de veículos até 2010 e pediu aos governos e bancos centrais para trabalharem em conjunto para trazerem a estabilidade de volta para os mercados financeiros.
“O ano de 2009 não será melhor que 2008”, disse Mulally a jornalistas durante o evento. “Não vemos recuperação até 2010”, disse ele, citando baixa de mercados no mundo.
O vice-presidente de operações da GM, Fritz Henderson, alertou para fraqueza tanto nos Estados Unidos quando nos mercados da Europa Ocidental.
“Certamente o primeiro semestre de 2009 será fraco”, disse Henderson a jornalistas. “Estaremos sob alguma pressão pelos próximos 12 a 14 meses”, disse o executivo.
Mitsuki Kinoshita, membro do conselho de administração da Toyota, afirmou que a crise de crédito está atingindo a confiança dos consumidores e que isso poder forçar a Toyota a rever sua meta de vendas global de 9,5 milhões de veículos em 2008 e 9,7 milhões em 2009.
Uma fonte na maior montadora da Europa, a Volkswagen, afirmou ue a companhia enfrenta tempos difíceis na unidade espanhola Seat e apesar das metas da empresa continuarem intactas, a montadora pode considerar cortar produção.
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, sancionou na terça-feira projeto que inclui garantias de 25 bilhões de dólares em empréstimos a juros baixos para as montadoras norte-americanas Ford, GM e Chrysler.
Com as agências EFE e Reuters