Volks: Luta até o recuo da empresa

Os trabalhadores na Volks iniciam hoje uma jornada de lutas até que a direção da montadora cancele as cartas entregues quinta-feira transferindo companheiros para uma outra empresa (a Autovisão) a partir de setembro.

Na assembléia de ontem os trabalhadores rasgaram e queimaram cópias da carta, num gesto simbólico de que não vão aceitar decisões unilaterais da multinacional.

Hoje, às 8h, a Comissão de Fábrica realiza ato em frente ao Departamento de Recursos Humanos para a devolução dessas cartas.

“Nossa luta será diária até que a Volks recue. Teremos ação todo dia para garantir a entrada de todos na fábrica em setembro”, avisou o presidente do Sindicato, José Lopez Feijóo.

Feijóo reafirmou que o acordo assinado em 2001 não permite rescisão contratual ou transferência para outra empresa. “Temos garantia de emprego até novembro de 2006”, comentou.

>> Solidariedade

Feijóo afirmou que as cartas foram uma maneira desrespeitosa e truculenta de tratar os trabalhadores, e disse que existem contradições entre a direção da Volks no Brasil e a direção mundial sobre a existência ou não de excedentes.

Para o presidente do Sindicato, a Volks está querendo o enfren-tamento “e nós só voltaremos a negociar depois do cancelamento das cartas”.

Ele destacou que a multina-cional não terá sucesso em carimbar companheiros com a carta para tentar uma divisão dos trabalhadores:

“Com a gente essa conversa não pega e a nossa resposta será sempre única, de todos.”

Ele apontou que, além de muita luta diária, vamos também precisar da solidariedade entre todos.