Volkswagen Gol: por que hatch ganhou mais um ano de vida antes do adeus

A Volkswagen anunciou na última sexta-feira, 5, um investimento de R$ 7 bilhões de reais até 2026 para colocar no mercado novos modelos baseados na plataforma modular MQB. Ao renovar toda sua gama, após a saída de up! e Fox de linha, restaram apenas os modelos derivados do Gol, o sedã Voyage e a picape compacta Saveiro, e o próprio hatch como produtos antigos – os três produzidos em cima da plataforma PQ24.

Durante o anúncio, o CEO da VW do Brasil e América do Sul, Pablo Di Si, confirmou que “o gol ainda será mantido em linha em 2022”, ou seja, diferentemente do especulado, o hatch e seus derivados ganharam mais um ano de sobrevida no mercado. Se o nome continuará existindo ou não, ainda é algo que está sendo discutido, mas é certo que as boas vendas as quais o carro ainda representa entraram na conta de garantir que o carro ainda tem serventia, mesmo com uma última grande mudança em 2008.

Em 2020, o modelo havia registrado boas vendas, se comparado aos outros modelos que saíram de linha. É evidente que boa parte era dedicada às vendas diretas, como locadoras, por exemplo, mas ainda assim é um bom negócio para a marca. Apesar disso, o tempo do hatch e seus familiares é contado e limitado: durante a coletiva, Di Si falou “alguns carros não vai atender as novas regras e vamos ter que lidar com isso [enquanto mercado]”.

O executivo falou sobre isso por causa das mudanças de regras de emissões e ruídos e de consumo, que são legisladas por meio do Proconve L7 e o Rota 2030, respectivamente. Se Fox e up! não justificaram a manutenção por mais um ano, a VW sabe que não pode simplesmente abrir mão das vendas que o Gol e seus derivados ainda registram até a chegada dos novos produtos a partir de 2023, sendo que antes vem o Polo Track.

Do UOL