Volkswagen pode fechar três fábricas e demitir até 300 mil funcionários
Plano de reestruturação da montadora pode incluir medidas drásticas na Alemanha
A Volkswagen deve tomar medidas radicais na Alemanha, com possibilidade de fechamento de, pelo menos, três fábricas e a demissão de centenas de milhares de funcionários no país. O alerta foi dado pela diretora do conselho de trabalhadores da VW, Daniela Cavallo, em assembleia com funcionários da sede de Wolfsburg. As plantas remanescentes também poderiam ser afetadas com o encolhimento das operações.
Faz semanas que a montadora está negociando com os sindicatos das fábricas afetadas antes de tomar as decisões de seu processo de reestruturação. “O conselho administrativo está tratando esse assunto com toda a seriedade possível. Não se trata de um blefe”, disse Daniela Cavallo. “Esse é o plano do maior grupo industrial da Alemanha para voltar a acelerar em seu país natal”, ressaltou a executiva, sem revelar quais plantas poderão ser fechadas nem quantos funcionários podem ser demitidos – a estimativa é de até 300 mil cortes.
O Grupo Volkswagen se encontra em uma “sinuca de bico” por conta da intensa pressão para cortar custos e se manter competitivo diante das baixas vendas em mercados como a China e a Europa. Por sua vez, a empresa cobra providências do governo alemão em relação à recuperação da economia, que enfrenta o segundo ano consecutivo de retração enquanto o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, busca alternativas para reverter o quadro crítico.
Cavallo afirmou que o governo alemão precisa apresentar com urgência um plano de assistência à indústria alemã para que a situação “não vá pelo ralo”. Um porta-voz do governo afirmou à Reuters que as autoridades estão cientes da difícil situação da Volkswagen e estão em constante contato com a cúpula da empresa. “A posição do chanceler é clara, mas nomear eventuais erros em decisões administrativas do passado não é a prioridade. O objetivo agora é manter os empregos”, disse.
Do Automotive Business