Volta da cobrança do IPI não terá impacto na economia, diz Miguel Jorge
De acordo com o ministro de Desenvolvimento, a massa salarial está passando por um movimento de negociações salariais, o que ajudará diretamente no aquecimento da economia
A volta gradativa da cobrança do IPI sobre os automóveis começa na próxima quinta-feira (1). Anunciada no dia 15 de dezembro do ano passado, a queda do imposto teve como objetivo alavancar as vendas da indústria automobilística em plena crise financeira. Com o País se recuperando, o governo decidiu reiniciar a cobrança do imposto.
“Nossa expectativa é que as vendas não sofram grandes quedas. Entretanto, para as próximas semanas estamos esperando um resultado um pouco menor do que os registrados nos últimos dias, pois a procura por carros foi mais alta que normalmente por causa do fim do prazo de isenção”, afirma o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, em evento na cidade de São Bernardo.
De acordo com Miguel Jorge, a massa salarial está passando por um movimento de negociações salariais, o que ajudará diretamente no aquecimento da economia, não fazendo com que a volta gradativa do IPI cause grandes impactos.
Para carros populares, com até mil cilindradas, o IPI caiu de 7% para zero e, para automóveis entre mil e duas mil cilindradas movidos à gasolina, a queda foi de 13% para 6,5%. Para carros flex e movidos à álcool, o imposto caiu de 11% para 5,5%.
A partir de outubro 1º o IPI para motores 1.0 subirá para 1,5%. Em novembro o imposto será de 3%, em dezembro de 5% e em janeiro de 2010 o percentual volta ao patamar de 7%. Motores entre 1.0 e 2.0 à gasolina passara, em outubro, para 8%, logo em seguida 9,5%, depois 11% e, em 2010, 13%. Para motores acima de 1.0 e abaixo de 2.0 bicombustíveis, o imposto em outubro ficará em 6,5%, passará para 7,5% em novembro, 9% em dezembro e 11% em janeiro de 2010.
Do Repórter Diário