Volume total do 13º salário dos metalúrgicos da CUT cresceu 10% este ano
Segundo o Dieese, o 13º salário dos 810 mil trabalhadores da base da CNM/CUT representa uma injeção de R$ 2,3 bilhões na economia brasileira.
Sexta-feira (20) é o último dia para que as empresas paguem a segunda parcela do 13º salário. Quando isso acontecer e considerando o pagamento já feito da primeira parcela, só os trabalhadores representados pela Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) vão injetar R$ 2,3 bilhões na economia do país. Este valor é 10% maior do que o total pago aos metalúrgicos cutistas em 2012.
O levantamento é da Subseção do Dieese da CNM/CUT e da Federação dos Metalúrgicos da CUT/SP e foi feito com base nas informações da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
André Cardoso, técnico da Subseção do Dieese, explica que o estudo não considerou os autônomos, os assalariados sem carteira ou trabalhadores com outras formas de inserção no mercado de trabalho que, eventualmente, recebem algum tipo de abono de fim de ano, nem os valores envolvidos nesses abonos, uma vez que não parâmetros para fazer o cálculo.
Para obter o número total de trabalhadores metalúrgicos com carteira assinada, o Dieese utilizou o resultado da RAIS 2011, atualizado para setembro de 2013 com base nos dados do Caged. Já, para fins de cálculo da remuneração média também foi utilizada a RAIS 2011, com atualização dos valores através da variação do INPC-IBGE até setembro de 2013.
Para chegar ao volume total dos recursos a ser injetado na economia, André assinala que a Subseção levou em consideração o salário médio dos metalúrgicos da base dos sindicatos cutistas que, juntos, representam mais de 810 mil trabalhadores, ou 37% da categoria em todo o país.
No levantamento, o Dieese também calculou o montante do 13º salário de todos os quase 2,5 milhões de metalúrgicos brasileiros. Juntos, eles receberão cerca de R$ 6,8 bilhões, o que revela também um crescimento de 9,4% em relação ao 13º pago no ano passado. Este valor corresponde a 0,14% do Produto Interno Bruto (PIB) estimado para 2013.
Por fim, o estudo mostra que só a categoria metalúrgica contribuirá com 6,91% do total que será injetado na economia brasileira por assalariados de todos os setores.
Da CNM/CUT