Volvo reabre empregos extintos na pandemia

Agronegócio impulsiona vendas de caminhões pesados

Quando a pandemia começou, muitas empresas tiveram que interromper a produção. A falta de perspectivas sobre a retomada levou muitas a demitir. A Volvo abriu um programa de demissões voluntárias para o qual obteve 300 adesões. Mas o cenário mudou completamente no terceiro trimestre, com aumento da demanda por caminhões pesados, que vinha principalmente do agronegócio. A empresa precisou não só repor as vagas fechadas como abrir 100 postos a mais.

Com 3,8 mil funcionários, a fábrica instalada em Curitiba tem hoje mais trabalhadores do que tinha antes da pandemia. De outubro a janeiro, 400 postos foram criados. Com os dois turnos de produção operando a plena capacidade, as projeções para o ano são otimistas.

A direção da montadora prevê, para este ano, crescimento de 40% nas vendas de caminhões pesados e semipesados, as duas categorias em que atua. Esses segmentos, juntos, representam mais de 75% do mercado brasileiro de caminhões. Em 2020, as vendas de semipesados recuaram 0,5% e a de pesados, 14,4%. A retração do mercado total de caminhões no país foi de 12,7%.

As excelentes perspectivas em relação à safra de grãos é o que move grande parte dos clientes da Volvo, segundo o presidente da companhia na América Latina, Wilson Lirmann. Mas não é só o agronegócio. Segundo o executivo, o setor de construção é outro que se destaca, impulsionado pela queda nas taxas de juros, além da mineração. A fábrica de Curitiba exporta veículos para outros países da América Latina, principalmente Chile, Peru e Colômbia.

Do Valor Econômico