“Votar solidifica a cidadania e expressa a força contida no poder que cada cidadão carrega em seu voto”

Segundo turno acontece dia 27 de outubro em 52 municípios no país. Índice de abstenção no primeiro turno foi de 21,71%. Na capital paulista, número de eleitores que deixaram de votar chegou a mais de 2,5 milhões

Domingo, 6 de outubro, foi o primeiro turno das eleições municipais onde milhares de pessoas foram às ruas para escolher prefeitos, prefeitas, vereadores e vereadoras que devem governar as 5.569 cidades em todo o país nos próximos quatro anos a partir de janeiro de 2025. “Foi a festa da democracia, todos exerceram o direito soberano e popular de escolherem seus candidatos e candidatas”, disse o secretário-geral do Sindicato, Claudionor Vieira.

Segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), 52 municípios continuam na corrida eleitoral no segundo turno, que acontece dia 27 de outubro. “O voto é um importante instrumento de mudança política e social. É a escolha de quem vai representar a sociedade nas casas legislativas e de quem vai chefiar o Executivo local. Votar solidifica a cidadania e expressa a força contida no poder que cada cidadão carrega em seu voto. É importante que todos os eleitores aptos a votar compareçam às urnas”, alertou o dirigente.

O índice de abstenção neste primeiro turno foi de 21,71%, seguindo alto como ocorreu nos pleitos municipais de 2020 (23,15%) e de 2018 (17,58%). Só na capital paulista, o número de eleitores que deixaram de votar chegou a mais de 2,5 milhões, maior do que a votação obtida pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o deputado Guilherme Boulos (PSOL). Nunes teve 1,8 milhão e Boulos, 1,7 milhão.

Os Metalúrgicos do ABC continuam firmes na defesa dos valores democráticos e das instituições para uma sociedade mais justa, fraterna, igualitária e em apoio sempre aos projetos que defendem as pautas da classe trabalhadora, e chama a base para reflexão sobre como cada escolha pode afetar não só a vida dos trabalhadores e trabalhadoras nas fábricas, mas fora delas.

Foto: Adonis Guerra

“O impacto é geral. Nossa luta não é apenas por melhores condições de trabalho e renda, mas por políticas públicas, saúde, educação, transporte, lazer. O que acontece fora da fábrica também afeta os trabalhadores diretamente. Pensar, de fato, se o candidato que concorre neste momento representa essas expectativas e traz em seu plano de governo um projeto de transformação é fundamental não só na vida da classe trabalhadora, mas de toda a sociedade”.

Para Claudionor, o papel do Executivo local, do legislativo e de todas as esferas é cuidar das pessoas e, para isso, é preciso pensar sobre civilidade e não a favor da barbárie. “Precisamos de uma sociedade que valorize a questão humana e não jogue fora tudo o que foi construído até aqui com muita luta e dedicação. Como será o futuro da classe trabalhadora e da população em geral se eleitos candidatos que pregam discursos de ódio e violência? Nós vamos sempre nos posicionar pelos valores democráticos”, disse.

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Lula no ABC

Após votar em São Bernardo, o presidente Lula lembrou que esse momento é extraordinariamente bonito porque as pessoas vão entendendo quem é quem. “Quem tem programa para a cidade e fala em governar com seriedade, quem é que vai governar para as pessoas, fala em respeitar a questão de gênero, a questão das mulheres, dos negros, LGBTQIA+, ou seja, há uma série de coisas que conduzem as pessoas a votar”.

“É importante que a gente conheça a biografia das pessoas, saiba o que elas fizeram ontem, o que fizeram durante a sua vida inteira porque é a partir disso que a pessoa vai poder dizer o que ela vai fazer no futuro. Se o povo tiver boas informações, sempre vai escolher para o bem. O que a gente não pode é permitir que vote desinformado”, concluiu.