VW pede indiciamento de representantes
Quando a nova direção da Volks anunciou que não tinha interesse na renovação do acordo de garantia de emprego, deu a senha para precarizar as relações de trabalho.
Um exemplo foi a forma autoritária como a montadora tratou a luta por novas contratações no meio do ano. A empresa inovou ao contratar bate-paus (seguranças conhecidos como homens de preto).
A repressão correu solta e dois mil metalúrgicos foram advertidos, além de membros da diretoria do Sindicato e da Comissão de Fábrica suspensos. Tudo isso se repetiu com muito mais intensidade na recente greve pela PLR.
Além dos homens de preto pressionando e ameaçando trabalhadores, a empresa conseguiu na Justiça o interdito proibitório.
A partir daí ela dificultou a entrada e permanência na fábrica dos representantes sindicais.
Quando conseguia entrar na fábrica, cada representante tinha seguranças em sua volta, e quando eles conversavam com os companheiros eram filmados, fotografados e gravados.
Além de tudo isso, a Volks pediu o indiciamento criminal de 28 dirigentes.
O interdito proibitório também foi largamente usado pelos banqueiros durante a última greve dos bancários.