Zé Celso, presente!
Dramaturgo deixa um grandioso legado para cultura brasileira. Toda a solidariedade aos familiares, amigos, alunos, fãs e admiradores. Zé Celso, presente!
Foi com muita tristeza que a direção dos Metalúrgicos do ABC recebeu nesta quinta-feira (06) a notícia do falecimento do dramaturgo, diretor, ator e encenador José Celso Martinez Corrêa. Aos 86 anos, Zé Celso estava internado desde terça (4) no Hospital das Clínicas após incêndio atingir seu apartamento e ter 53% do corpo atingido por queimaduras.
Ícone das artes cênicas brasileiras, Martinez dedicou mais de seis décadas ao Teatro Oficina, companhia fundada por ele em 1958, considerada uma das mais longevas em atividade no Brasil e tombada como patrimônio histórico do país. Zé Celso provocou atores e público, criando um teatro mais sensorial, sempre guiado pela realidade política e cultura do país.
Também foi perseguido pelo regime militar, assim como os demais integrantes do Teatro Oficina. Em 1974, Zé Celso partiu para o exílio em Portugal, depois de ficar detido por 20 dias e ser torturado. Durante o exílio, apresentou algumas peças e dirigiu o documentário O Parto, retornando para o Brasil em 1978.
Sem medo de experimentações e com constante desejo de renovação, Zé Celso foi conhecido pela maneira excêntrica e ousada de montar suas peças de teatro e provocar e interagir com a plateia criando uma arte experimental, política e sensorial, que sempre dialogou com seu tempo e outras manifestações artísticas, como a música, a poesia e o audiovisual.
Deixa um grandioso legado para cultura brasileira. Toda a solidariedade aos familiares, amigos, alunos, fãs e admiradores. Zé Celso, presente!