80 anos da libertação de Auschwitz e o trabalho escravo no Brasil
“Um povo que não conhece sua História está fadado a repeti-la.” (Edmund Burke)
Parte importante da humanidade insiste em dar as costas para os horrores da II Grande Guerra. O último dia 27 de janeiro completou os 80 anos da libertação do Campo de Auschwitz pelo Exército Vermelho soviético.
Pela primeira vez na história da civilização, uma máquina de guerra (o Nazifascismo) adotou uma estratégia de genocídio contra um povo em particular, os judeus. Foram mais de seis milhões de mortos. Comunistas, homossexuais, pessoas com deficiência e muitos outros “inimigos do estado” foram, de igual modo, perseguidos e mortos.
Oito décadas depois, ainda nos deparamos com graves abusos contra os direitos humanos. Neste 28 de janeiro, é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo no Brasil. A data é referência ao assassinato, em 2004, de três auditores fiscais do trabalho e um motorista durante averiguação sobre denúncias em fazendas de Unaí (MG).
Não suficiente, nos últimos dias, assistimos estarrecidos brasileiros deportados dos EUA desembarcando de uma aeronave, algemados pelas mãos e pés. Muitos se queixaram de agressões e gritos praticados pelos “guardas” estadunidenses. As imagens são chocantes e nos lembram a forma como os escravos eram tratados até o século XIX. Estas pessoas, em sua grande maioria, não praticaram nenhum crime. Apenas buscavam uma vida melhor, dispostos a trabalhar, ainda que de maneira precária e ilegal.
O que tudo isto tem em comum, numa semana como esta última de janeiro? Estamos encerrando o primeiro quarto do Século XXI e a humanidade insiste em cometer os mesmos graves erros do passado. Há um fio condutor para tudo isto, a política de ódio alimentada diariamente pelas redes sociais. Aliás os donos destas empresas estavam lá, na posse, aplaudindo de pé o maior responsável pelos abusos contra os direitos humanos, Donald Trump.
Será que a humanidade vai se calar? Ou enfrentaremos o horror de tantas violações de direitos humanos? Em dezembro de 1948, líderes de todo o mundo aprovaram a Declaração Universal de Direitos Humanos, uma espécie de antídoto a tudo isto. Fique do lado certo da história!!! Venha lutar contra tudo isto ao lado de seu Sindicato.
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