Câmaras setoriais definem funcionamento
Sindicato participou de reunião com o governo federal nesta quinta (25) para definir organização de grupo nos moldes de 1991
O governo começou a organizar o funcionamento dos Conselhos de Competitividade Setorial, ou Câmara Setorial, fóruns nos quais serão debatidas as propostas da sociedade para o Plano Brasil Maior, a política industrial do governo federal.
Nesta quinta (25), em reunião entre metalúrgicos e técnicos do Ministério da Fazenda, foi montado o grupo da Câmara Setorial Automotiva, que passará a se reunir semanalmente. Por enquanto, o governo faz reuniões separadas, já fez com as montadoras e autopeças, e o primeiro conjunto entre trabalhadores, empresas e governo será daqui a duas semanas.
No encontro já foram distribuídas as atribuições de cada parte e o governo acatou as propostas apresentadas pelos metalúrgicos na semana passada, que servirão de eixo de boa parte dos debates.
Os itens mais urgentes são definições de conteúdo nacional, desenvolvimento tecnológico e inovação para o setor e aumento da competitividade diante dos produtos importados.
A seguir, as discussões se concentrarão na relação comercial entre os países. Por fim, a Câmara se dedicará a debater qualificação profissional.
Todas as propostas dos metalúrgicos do ABC estão no Blog do Dieese: www.smabc.org.br/dieese, clique em Publicações e leia o arquivo “Novo regime automotivo – Proposta dos Metalúrgicos do ABC”.
CNDI supervisionará Conselhos
A participação dos trabalhadores no Plano Brasil Maior começa pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), criado no governo Lula.
Dele fazem parte 13 ministros e 14 representantes dos trabalhadores e das empresas. O CNDI traça as estratégias gerais e subsidia as atividades da gestão da política industrial.
Os Conselhos de Competitividade Setorial (Câmaras Setoriais) implantarão esses projetos entre 2011 a 2014, tendo como base as instâncias de diálogo tripartite.
Serão 25, inclusive o Automotivo, com a responsabilidade de formular e implementar uma agenda de trabalho para ser levada ao CNDI.
Oito temas estão previamente definidos: comércio exterior, investimento, inovação, formação e qualificação, produção sustentável, competitividade de pequenos negócios, ações especiais em desenvolvimento regional e bem-estar do consumidor.
Da Redação