Bertha Lutz: uma grande mulher e exemplo para todos

Peço licença a você, leitor desta coluna, habitualmente dedicada a questões do Direito que interessam aos trabalhadores em geral. Hoje falaremos sobre uma grande mulher, que foi um exemplo para todos nós.

A bióloga e advogada paulista, Bertha Lutz, foi uma das figuras mais importantes do feminismo e da educação no Brasil do século XX. Cientista, foi pioneira nas pesquisas no Museu Nacional.
Tomou contato com o movimento feminista ao estudar na Europa. No retorno ao Brasil, fundou a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (FBPF) e passou a atuar fortemente no movimento sufragista (para garantir às mulheres o direito de votar e de ser votada). Isto se consumou no Brasil em 3 de maio de 1933, na eleição para a Assembleia Nacional Constituinte.

Tornou-se diplomata brasileira e foi nomeada por Getúlio Vargas, em 1945, para representar o Brasil, na fundação da ONU. Esteve entre as poucas mulheres presentes — 3% de um total de 160 pessoas — na cerimônia de assinatura do documento fundador das Nações Unidas, em San Francisco em 1945. Além de Lutz, assinaram a carta Minerva Bernardino (República Dominicana), Virginia Gildersleeve (EUA) e Wu Yi-fang (China).

Lutz e Bernardino tiveram papel relevante na inclusão da igualdade de direitos entre homens e mulheres na carta fundadora das Nações Unidas (no preâmbulo e no artigo 8º), um marco na defesa dos direitos das mulheres em todo o mundo. Bertha Lutz colocou toda a sua competência e intelectualidade a serviço do país e lutou muito pelos direitos das mulheres em todo o mundo. Receba as nossas homenagens e reconhecimento.