Ainda estamos aqui

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Foto: Juca Martins

O ano começa com a ampla repercussão em todas as mídias e redes sociais da posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos.

Assistimos, estarrecidos, a um festival de maluquices e absurdos disparados por alguém que é capaz de atribuir aos imigrantes ilegais a culpa pelos males existentes naquele país. É puro diversionismo ou enganação para lançar uma cortina de fumaça sobre os graves e verdadeiros problemas que assolam todos os países (uns mais outros menos), como a pobreza, as guerras, os eventos climáticos extremos etc.

Não suficiente, hoje assistimos ao magnata estadunidense Elon Musk (dono da rede social “X”) realizando uma saudação nazista em um comício de comemoração pela posse de Trump. Evidentemente negou o fato, mas o que não dá para refutar é seu apoio ao partido de ultradireita alemã “Alternativa para a Alemanha”, a poucos meses da eleição federal do país.

Ninguém imagina que na Alemanha nazista os trabalhadores foram bem tratados. Ao contrário, dentre tantos abusos, imperou o trabalho escravo ou forçado de judeus e de outros inimigos do estado alemão, dentre os quais estavam trabalhadores franceses, holandeses, belgas, russos etc, capturados nos combates.

Imaginar a luta por melhores salários ou direitos sociais e trabalhistas em países sob o domínio da extrema direita fascista é pura miragem de tolos que desejam ser enganados. Aqui mesmo no Brasil, na época da ditadura, muitos líderes sindicais foram presos e torturados e os Metalúrgicos do ABC, todos sabem, são parte importante desta história.

Este Sindicato reafirmou ontem nesta Tribuna que a defesa permanente da democracia é uma de suas maiores prioridades neste 2025. Significa, entre outras coisas, não abrir mão dos direitos conquistados ao longo de nossa história, como a liberdade, a justiça social e a dignidade humana. E reforça que manter a democracia viva e saudável é garantir que a voz do trabalhador continue a ser ouvida pelos empresários e governantes.

Não obstante estes ventos sombrios da ultradireita em todo o mundo, é preciso reafirmar que ainda estamos aqui e continuaremos a lutar, com muita força, coragem e fé, pela manutenção da democracia e da liberdade, visando melhorar sempre a vida do povo trabalhador em nosso país e em todo o mundo.

Mais do que nunca, a luta continua !!!

Departamento Jurídico