Fazendeiro retornará à prisão, por morte de missionária no Pará
O fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, deverá retornar à prisão depois de ter recurso negado pelo Tribunal de Justiça do Pará. Conhecido como Taradão, Regivaldo pedia a anulação da sentença do Tribunal do Júri que o condenou a uma pena de 30 anos em regime fechado. Ele é mandante do assassinato da missionária estadunidense Dorothy Stang.
O crime ocorreu em 2005, no município de Anapu (PA), onde a vítima coordenava o Projeto de Desenvolvimento Sustentável Esperança. As investigações da Polícia apontaram que o crime foi encomendado porque ela denunciava tentativas de aquisição ilegal de lotes no assentamento. Além de Galvão, mais quatro pessoas participaram do assassinato.
O réu ainda pode recorrer da decisão. Caso consiga um habeas corpus, poderá aguardar a avaliação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em liberdade. Para Dirceu Fumagali, integrante da coordenação da Comissão Pastoral da Terra (CPT), a violência no campo está longe de ser superada.
“Há uma mobilização por parte do Estado, algumas medidas paliativas, que vão muito mais na área da segurança, mas não são políticas que venham a contribuir para a superação do conflito permanente nesta região. Tem que mudar a estrutura, a proposta e modelo de ocupação nesses territórios.”
Segundo dados da CPT, apenas 8% de assassinatos ocorridos em conflitos agrários desde 1985 foram julgados.
Da Radioagência NP