Justiça Federal abre processo contra estudante de Direito que manifestou preconceito contra nordestinos
A estudante de Direito Mayara Penteado Peluso, que se tornou conhecida nas redes sociais por manifestar preconceito contra nordestinos via Twitter, será processada pela Justiça Federal de São Paulo, que recebeu denúncia do Ministério Público Federal e abriu processo por crime de racismo. Esse crime prevê pena de um a três anos de prisão, além de multa. De acordo com o MPF, em caso de uso de meios de comunicação social ou de publicação de qualquer natureza, a pena sobe para dois a cinco anos, também com multa.
Em 31 de outubro do ano passado, ao comentar o resultado das eleições presidenciais, Mayara escreveu em sua página no Twitter: “Nordestisto (sic) não é gente. Faça um favor a Sp: mate um nordestino afogado!”. O Ministério Público informou que, em depoimento, a estudante admitiu que postou o comentário.
O caso tramitou em sigilo até o Judiciário receber a denúncia. Feito isso, o MPF pediu o levantamento do sigilo, cujo objetivo era “preservar o conteúdo das quebras de sigilo telemáticas necessárias para confirmar se o perfil realmente era atualizado por Mayara”. O Ministério Público informou ter recebido várias mensagens. Duas foram comprovadas, “inclusive a de Mayara Petruso, pois foram capturadas com todos os dados das páginas das publicações”. O processo foi aberto em 4 de maio.
Outra mensagem – de Natália Campello, também contra nordestinos – não resultou em denúncia porque, segundo o MPF, ainda não foram colhidos dados suficientes. O inquérito vai prosseguir na Justiça Federal de Recife, onde mora Natália.
Da Rede Brasil Atual